ASSINE AGORA!  Mais de 400 recursos educativos prontos para encantar, ensinar e facilitar o seu dia! 

 ASSINE AGORA e tenha acesso ilimitado!

Meu filho não aprende tabuada: o que fazer?

foto-mae-filho-tabuada-2

Você já tentou músicas, tabelas coloridas e até promessas de recompensa, mas seu filho ou aluno continua travando na hora de responder. A cena se repete, vem o “eu não consigo” e a vontade de evitar matemática. Respira. Essa dificuldade é mais comum do que parece e não define a capacidade da criança. Em geral o problema não está nela. Está no caminho usado para apresentar e praticar a multiplicação.

Boa notícia: existe um método simples que funciona. Primeiro a criança entende o que multiplicar significa. Depois pratica de forma curta e inteligente. Por fim reforça com brincadeiras rápidas. Com rotina pequena e critérios claros a tabuada deixa de ser um muro e vira uma sequência de pequenas vitórias.

Por que a tabuada costuma travar

Quando a tabuada chega como uma lista para decorar, sem significado, o cérebro trata o conteúdo como algo distante. A ansiedade cresce, a memória falha e o interesse cai. Os motivos mais comuns são fáceis de reconhecer e corrigir.

  • Memorização sem compreensão: decorar hoje e esquecer amanhã não sustenta a aprendizagem.
  • Pouca visualização: muitas crianças precisam ver grupos, linhas e colunas para que o conceito faça sentido.
  • Prática monótona: repetição sem propósito cansa e alimenta a ideia de que matemática é chata.
  • Falta de progressão: pular etapas sobrecarrega e faz a criança errar em sequência.
  • Pressão emocional: medo de errar trava o raciocínio e reduz a confiança.

O que funciona de verdade

A seguir você encontra cinco estratégias complementares que levam do entendimento à fluência. São práticas para aplicar em casa ou na escola com poucos minutos por dia. Incluí falas prontas, ideias de atividades e um plano de 14 dias para começar agora.

1. Comece pelo concreto para dar significado

Antes de pedir o resultado de 7 × 4, mostre o que isso quer dizer. Monte grupos iguais com tampinhas, blocos, palitos ou massinhas. Faça 7 grupos com 4 itens em cada. Peça para a criança apontar cada grupo e contar o total. Em seguida leve para o papel usando um quadriculado simples e represente como linhas e colunas. Depois escreva a adição de parcelas iguais e a sentença multiplicativa: 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 28 e 7 × 4 = 28. Por fim inverta os fatores para mostrar a comutativa e confirme que 4 × 7 também é 28.

Falas úteis: “Quantos grupos temos”, “Quantos em cada grupo”, “Se somarmos os grupos, quanto dá”, “Se trocarmos a ordem dos fatores, o total muda”. Essas perguntas guiam o raciocínio e reduzem a ansiedade.

Se houver confusão volte ao concreto. Refaça os grupos, confira se são iguais e só depois retorne ao quadriculado. Apoio visual não é muleta. É ponte.

2. Transforme em desenho e linguagem simples

O passo seguinte é traduzir o que foi visto no concreto para representações fáceis de ler. Uma folha quadriculada resolve metade do problema. Marque setas horizontais e verticais, nomeie “linhas” e “colunas” e peça para colorir apenas o retângulo que representa o fato. Ensine a regra básica que destrava muita coisa: o primeiro número diz quantas parcelas temos e o segundo diz quanto vale cada parcela. Assim 3 × 5 vira 5 + 5 + 5 e também um arranjo de 3 linhas por 5 colunas. Essa coerência entre modelos cria confiança.

Mini-atividade de 5 minutos: escolha um fato pequeno, por exemplo 3 × 4. Faça três desenhos rápidos da mesma ideia. Um com grupos, outro com linhas e colunas e o último com a adição. A criança explica cada um em voz alta. O adulto só pergunta e valida a contagem.

Dica rápida: se a criança sempre confunde linhas e colunas, desenhe no topo da folha uma setinha para a direita escrita “linhas” e uma para baixo escrita “colunas”. Peça para ela apontar as setas antes de cada exercício.

3. Treine com exercícios curtos em três formatos

Pense em listas curtas de contas. Cada lista leva de cinco a dez minutos e pode ser feita no caderno ou em uma folha. A ideia é variar o formato para construir agilidade de verdade e evitar que a criança dependa da sequência da tabuada.

Formato 1: lista sequencial

Use a mesma família em ordem crescente. Serve para dar segurança e reconhecer padrões.

Exemplo para o 3: 3×1, 3×2, 3×3, 3×4, 3×5, 3×6, 3×7, 3×8, 3×9, 3×10.

Formato 2: lista embaralhada

As mesmas contas, agora fora de ordem. Isso força a lembrança verdadeira e mostra o que já está fixando.

Exemplo para o 3: 3×8, 3×2, 3×5, 3×9, 3×3, 3×7, 3×1, 3×6, 3×4, 3×10.

Formato 3: lista misturada

Misture a família que está estudando com famílias já trabalhadas. Aqui testamos estabilidade do que foi aprendido.

Exemplo: 3×7, 4×6, 2×9, 3×4, 5×3, 2×8, 4×3, 3×9, 2×7, 5×4.

Como organizar a rotina

  • Faça uma lista por dia com cerca de dez contas. É rápido e sustentável.
  • Alterne os formatos ao longo da semana. Por exemplo, segunda sequencial, terça embaralhada, quarta misturada.
  • Use um relógio apenas como referência. Se cronômetro causa ansiedade, o adulto anota o tempo sem mostrar ou registra só uma faixa aproximada.
  • Se a criança tem escrita lenta, ela pode ditar as respostas e o adulto marca. Estamos medindo cálculo mental.

Quando avançar e quando retomar

  • Avance para outra família quando a criança acerta a maioria das dez contas com segurança e responde sem precisar contar nos dedos o tempo todo.
  • Retome a lista sequencial por um dia se notar muitas pausas ou erros repetidos em uma lista embaralhada. Depois tente a embaralhada novamente no dia seguinte.
  • Se a lista misturada saiu difícil, escolha dois ou três pares que mais erraram e comece o próximo dia por eles, em uma mini lista de cinco contas.

Modelo pronto para copiar

Dia 1 — 3×1, 3×2, 3×3, 3×4, 3×5, 3×6, 3×7, 3×8, 3×9, 3×10

Dia 2 — 3×8, 3×2, 3×5, 3×9, 3×3, 3×7, 3×1, 3×6, 3×4, 3×10

Dia 3 — 3×7, 4×6, 2×9, 3×4, 5×3, 2×8, 4×3, 3×9, 2×7, 5×4

Dia 4 — repita o ciclo com outra família, por exemplo a do 4, seguindo a mesma lógica dos três formatos.

Como dar feedback que realmente ajuda

  • Prefira elogios de processo. Diga “você achou um bom caminho para 7×4” em vez de “você é bom em matemática”.
  • Peça para a criança explicar uma conta que acertou. Ensinar em voz alta consolida a memória.
  • Quando errar, transforme o erro em treino dirigido. Faça duas contas iguais em seguida e uma fácil para fechar com vitória.

Se quiser medir progresso sem números confusos

  • Conte quantas das dez contas saíram sem dedos. Quando chegar a oito ou mais, é um ótimo sinal para avançar.
  • Use faixas de tempo simples. Por exemplo, terminou a lista entre um e dois minutos. Não precisa cravar segundos.
  • Marque com adesivos em uma trilha. Cada lista feita ganha um adesivo. No fim da semana a criança vê a caminhada completa.

Resumo prático: três formatos de lista, uma por dia, variação constante e feedback gentil. Isso constrói agilidade sem pressão e funciona mesmo para quem chegou dizendo que não consegue.

4. Use jogos em paralelo para fixar sem cansar

Jogar não substitui a página do dia. É um reforço curto que transforma a prática em hábito agradável. Duas ou três vezes por semana já faz diferença. O objetivo é manter a tabuada de prontidão e reduzir a tensão emocional.

  • Cartões de fatos: faça um baralho caseiro. Na frente o fato, no verso o produto. Jogue no modo pergunte, responda e confira por 3 a 6 minutos. O que errou volta ao baralho com mais frequência. É repetição espaçada na veia.
  • Jogo de mesa rápido: embaralhe cartas com fatos de duas ou três famílias. Cada jogador compra uma carta e fala o resultado. Se errar a carta volta ao fundo. Vence quem terminar a partida com mais acertos. Partidas de 7 a 10 minutos são o ideal.

Para perfis inquietos prefira variações cooperativas. Todos contra o relógio tentando conquistar um número de cartas antes do tempo. Para crianças visuais use cores por família. Para crianças com receio do erro, valorize rapidez de tentativa e prossiga. O erro aponta onde treinar no próximo passo.

Melhor duas partidas curtas do que uma longa. O cérebro aprende mais com ritmo frequente do que com maratona ocasional.

5. Torne o progresso visível e cuide do bem-estar

Motivação é consequência de progresso percebido. Crie um painel simples. Marque a página feita, anote o melhor tempo e registre os pares que mais erraram. Acompanhar a evolução fortalece a autoestima e orienta o estudo seguinte. E cuide do clima emocional. Pequenas pausas, água por perto, respiração curta pelo nariz e elogios específicos mantêm a sessão leve.

  • Faça uma trilha com adesivos. Cada página concluída é uma casa. Ao chegar ao fim da semana a criança pode escolher uma música para a próxima sessão.
  • Use frases que reforçam processo. Em vez de “você é bom”, prefira “você organizou muito bem as linhas e colunas hoje”.
  • Quando a motivação cair, reabra por um dia o concreto e feche com um jogo rápido. Retomar o controle reacende a vontade de continuar.

Plano de duas semanas para destravar

Este roteiro cabe em agendas reais. Ajuste a quantidade de fatos conforme a idade e o ponto de partida. A meta é criar clareza, depois consistência e por fim agilidade.

  • Semana 1: faça de seis a dez momentos curtos do ciclo concreto, desenho e sentença com dois ou três fatos por dia. Mantenha 10 a 15 minutos por sessão. Trabalhe sempre a comutativa. No fim da semana faça duas rodadas de cartões focadas nos pares mais difíceis.
  • Semana 2: comece os exercícios. Complete as ordenadas da família escolhida, depois faça uma embaralhada. Quando a embaralhada se aproximar da meta, adicione a cumulativa. Jogue cartões ou um jogo de mesa em dois dias alternados. Registre o melhor tempo e anote os pares mais errados para foco no dia seguinte.

Se desejar acelerar faça duas atividades no mesmo dia apenas se forem de tipos diferentes. Por exemplo embaralhada pela manhã e cumulativa à tarde. Sempre com intervalo de horas e clima leve.

Soluções rápidas quando algo não anda

  • Erra sempre o mesmo par: destaque esse par nas próximas rodadas de cartões por dois minutos antes do jogo principal.
  • Confunde linhas e colunas: desenhe no topo da folha setas nomeadas. Peça para apontar “linhas” e “colunas” antes de colorir.
  • Grupos saem desiguais: refaça com objetos maiores e conte em voz alta cada item. Só depois passe ao papel.
  • Tempo sempre acima de três minutos: sinal de cálculo passo a passo. Volte por um dia às ordenadas e a um pequeno bloco concreto do mesmo fato.
  • Ansiedade com cronômetro: use cronômetro invisível ou registre apenas a faixa de tempo. Também vale uma sessão sem medir com foco em acertos.
  • Escrita lenta: a criança dita e o adulto marca. Estamos medindo pensamento matemático.

Perguntas rápidas

  • Com que idade começar: normalmente entre segundo e terceiro ano, quando a adição com parcelas iguais já está firme.
  • Quanto tempo leva: varia por criança. Com rotina curta diária muitos ganham fluência confortável em semanas. O que conta é a constância.
  • Precisa decorar tudo de uma vez: não. A sequência certa e a repetição espaçada fazem o trabalho. Lembrar com agilidade vale mais do que recitar a sequência inteira.
  • E se esquecer no dia seguinte: normal. Por isso alternamos tipos de página e reforçamos com cartões. O esquecimento diminui com treino distribuído.

Como apresentar uma solução prática no final

Se você leu até aqui já percebeu que existe um caminho claro. Entender no concreto, representar com desenhos, praticar com páginas em ordem inteligente e reforçar com jogos curtos. Você pode montar tudo sozinho com materiais simples, ou, pode optar por um material pronto que organiza essas etapas e economiza tempo de preparação.

Existe a Trilha da Tabuada do Printkids, um recurso que reúne base concreta para montar grupos e arranjos, páginas de exercícios já estruturadas em formatos progressivos, baralhos de cartões e um planner simples para acompanhar. A proposta é uma atividade principal por dia e jogos curtos em paralelo. É uma forma prática de aplicar exatamente as estratégias que você acabou de conhecer, sem transformar a rotina em um trabalho extra.

Trilha da Tabuada

PrintKids
Ensine tabuada sem pressão
CRA + jogos + exercícios • 5–10 min/dia
R$ 39,90
Quero a Trilha

 

Seu filho não nasceu sem dom para matemática. Ele precisa de um caminho que faça sentido. Quando a multiplicação ganha significado no concreto, quando os exercícios seguem uma ordem que respeita o cérebro e quando o reforço lúdico entra na medida certa, a tabuada deixa de ser um obstáculo e vira um território de pequenas vitórias. O progresso aparece com poucos minutos por dia, sem briga e sem drama.

Mais do que acertar resultados, dominar a multiplicação cria a base para todo o restante. Divisão, frações, problemas com várias etapas e conteúdos mais avançados dependem desse fundamento. Ao construir essa base com calma, método e bem-estar você entrega segurança para que a criança avance confiante. A boa matemática nasce de clareza e constância.

Se quiser seguir esse método com praticidade conheça a Trilha da Tabuada. Ela organiza a jornada do entender até a fluência com rotina curta, recursos visuais e acompanhamento simples. O primeiro passo cabe em dez minutos hoje. Não deixe para amanhã!

Leia mais sobre isso: 5 estrategias para ensinar tabuada para criancas que tem dificuldade em matematica

Sou Ju Barbosa, educadora, bióloga e designer . Aqui no PrintKids, combino minha experiência em educação e design para criar materiais educativos que fazem as crianças explorarem, descobrirem e aprenderem brincando!

Carrinho de compras
Rolar para cima

Aceita Cookie?

Vai melhorar sua experiência neste site.